domingo, 13 de janeiro de 2008

Ao som de Monte Zion uma figura única que tem espírito livre.

Ter espírito livre é ser genuíno e despreocupado com a crítica, deixando fluir naturalmente a felicidade da forma mais honesta, sincera e às vezes infantil. Ainda não conheço esse cara, mas percebo que essa é sua verdadeira essência livre e sem dúvida divertida e inesperada.

Banda Monte Zion no Reveillon em Ilha Grande e uma análise sobre suas razões para ser tão boa e consistente.


Ter o espírito livre é estar aberto a outra culturas e religiões, ouvi-las, sendo curioso a ponto de tentar compreendê-las e concordando ou não, respeitá-las.

Depois de 4 dias ouvindo a banda Monte Zion e sentindo, muito mais do que ouvindo, a intenção de suas músicas, retornei ao Rio curioso com o significado de algumas palavras como “Jah” e intrigado com a paz e harmonia que presenciei em Ilha Grande.

Minha breve pesquisa revelou aspectos curiosos.
Jah ou Yah (hebraico) é uma forma poética abreviada atribuído ao nome de Deus. Ocorre normalmente atrelado a “Aleluia na forma de ordem: “Louvai a Jah” , ou "Louvem! Adorem Deus. A única sílaba, Jah, está usualmente ligada com as emoções mais comoventes de louvor e de cântico, de oração e de súplica, e, em geral, é encontrada nos casos em que o tema do assunto se refere ao regozijo resultante da vitória e da libertação. "Jah" é a abreviação de Jeová (Jah Jehovah), também é o nome usado para deus no movimento religioso Rastafari.

Os adeptos do movimento Rastafari consideram ter sido Haile Selassie I, da Etiópia, o símbolo religioso da encarnação de Jah. Todos e cada um dos adeptos do Rastafari é encorajado a buscar a verdade por si próprio e nenhum dogma central é imposto. .Rastafári é um movimento religioso que prega o retorno dos negros à terra natal de seus antepassados, a África. O nome Rastafari tem sua origem em Ras (príncipe ou cabeça) Tafari Makonnen, o nome de Haile Selassie I antes de sua coroação.O movimento surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses negros em meados dos anos 30, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassie como o único monarca Africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e o conquistador do Leão de Judá, que foram dados pela Igreja Ortodoxa etíope, que existe há muito tempo e não tem relação com a Católica.Alguns historiadores, afirmam que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão, por conta da exploração que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de idéias religiosas.Outros fatores inerentes ao seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou "erva" (como forma de canal para se comunicar com Deus", aspirações políticas e afrocentristas. O movimento Rastafari se espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do Reggae; mais notavelmente pelo cantor e compositor de Reggae jamaicano Bob Marley. Em 2000 haviam aproximadamente 1.000.000 de seguidores do Rastafari pelo mundo, segundo uma pesquisa, mas é algo realmente difícil de saber, pois muitos vivem longe da civilização. Por volta de 10% dos jamaicanos se identificam com Rastafaris. Muitos dos Rastafaris são vegetarianos, ou comem apenas alguns tipos de carne, vivendo pelas leis alimentares de Levítico e Deuteronômio no Velho Testamento.
O encorajamento de Marcus Garvey aos negros terem orgulho de si mesmos e de sua herança africana inspiraram Rastas a abraçar todas as coisas africanas. Eles eram ensinados que haviam sofrido lavagem cerebral para negar todas as coisas negras e da África, um exemplo é o porque que não te ensinam sobre a Antiga Nação Etíope que derrotou os italianos 2 vezes e foi a única nação livre na África desde sempre. Eles mudaram sua própria imagem que era a que os brancos faziam deles, como primitivos e saídos das selvas para um desafiador movimento pela cultura africana que agora é considerada como roubada deles, quando foram retirados da África por navios negreiros. Estar próximo a natureza e da savanaleões, em espírito se não fisicamente, é primordial pelo conceito que eles tem da cultura africana.
Viver próximo e fazer parte da natureza é visto como africano. Esta aproximação africana com a natureza é vista nos dreadlocks, Ganja, e comida fresca, e em todos os aspectos da vida Rasta. Eles desdenham a aproximação da sociedade moderna com o estilo de vida artificial e excessivamente objetivo, renegando a subjetividade a um papel sem qualquer importância.Outro importante identificador da Afrocentricidade é a identificação com as cores verde, dourado, e vermelho, representantativas da bandeira da Etiópia. Elas são o símbolo do movimento Rastafari, e da lealdade dos Rastas a Haile Selassie, a Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possivelmente vivem. Estas cores são freqüentemente vistas em roupas e decorações. O Vermelho representa o sangue dos mártires, o verde representa a vegetação da África enquanto o dourado representa a riqueza e a prosperidade que a África tem a oferecer. No coração do Rastafari está a crença de ser o próprio Rei ou príncipe (por isso eles se proclamam Rastafari).

Salve "Jah". Tenha ele o nome que você quiser usar!